IMIGRANTES ITALIANOS
Meu bisavô Pietro Farina chegou no Brasil em 1896 em companhia de esposa Marina e do meu avô Giuseppi no colo com apenas 2 anos de idade. Procedência de Ghisalba, Bergamo, Itália. Trouxe apenas uma mala. Por não ter dinheiro, nem estudo foi trabalhar como colono na Fazenda Paranaíba (Jardinópolis-Sp.) onde ficou até sua morte. O povo de hoje não sabe, mas a maioria dos colonos das fazendas de café da região de Ribeirão Preto foram tratados como semi-escravos. Pelo fato deles não saberem ler e escrever e não falar o português, trabalhavam praticamente a troco da comida. Meu bisavô morreu em casa sem assistência médica acometido de "disenteria". Já meu Avô Giuseppe Farina conseguiu juntar um pouco de dinheiro trabalhando na mesma fazenda, vindo depois para Rolândia em 1940 onde comprou um sítio de 8 alqueires nas proximidades do antigo Campo de Aviação (próximo a represa do Ingazinho). O meu saudoso pai José Farina Filho trabalhou desde pequeno na roça de café e depois com apenas o primário incompleto veio para a cidade em 1952 onde começou a comercializar lenha que as pessoas precisavam para alimentar os seus fogões "econômicos" ou "caipiras". Depois de três anos começou a trabalhar como corretor de terras para a Companhia de Terras Norte do Paraná. Nesta profissão, que acabou se profissionalizando e recebendo Carteira profissional, permaneceu até a sua aposentadoria. As vezes algumas pessoas falam dos "Farinas" mas, mal sabem que a história desta família não é diferente da história dos outros imigrantes, que com muito trabalho, ajudaram a tornar o Brasil uma nação próspera. Tenho orgulho de ser filho e neto de pioneiros que deixaram em nosso solo muito suor e sangue. Da minha parte tive que trabalhar também desde os 12 anos de idade. Trabalhava de dia e estudava a noite até me formar advogado. Meus irmãos também trabalharam muito a vida toda. Deus abençoe a pátria brasileira. Deus abençoe Rolândia.. TERRA DE PIONEIROS. ( Na foto vemos José Carlos Farina ( autor de relato) ao lado de seu saudoso pai José Farina Filho.
que legal amigo
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