terça-feira, 27 de dezembro de 2011

ANOS 60 EM ROLÂNDIA - TELEVIZINHO


TELEVIZINHO

Quando o sinal de TV chegou  em Rolândia pelas ondas da TV Coroados, canal 3, foi a maior sensação. Como o preço dos televisores era um absurdo para o maioria da população surgiu o televizinho. Nos primeiros anos eu e meus irmãos assistíamos televisão na casa do nosso amigo Aylton. Um dia chegamos na casa dele para mais uma sessão e o "pau estava comendo" lá dentro. Era briga de marido e mulher. Inicialmente não abriram a porta, mas como era dia do seriado Bonanza insistimos. A dona da casa abriu a porta e aos gritos disse: - "vocês não estão vendo que o ambiente aqui não está bom. Sumam daqui. Voltamos para  casa tristes e chorando por perdermos um episódio do faroeste, da qual éramos fãs. Meus pais se compadeceram de nós e como o meu pai também era fã do Bonanza deu um jeito  e comprou um televisor. Lembro-me até da marca... era Eletronic e era montado pelo saudoso Helmut Ditrich. Vinha com quatro pés de madeira torneada que eram parafusados em baixo do aparelho. Na primeiro dia ficamos na sala assistindo até o final da programação. Só que aí começamos a sofrer igual a vizinha briguenta com os televizinhos. Lembro-me que nos dias dos seriados Bonanza e National Kid  juntavam dezenas de pessoas em nossa casa. Meus tios e primos vinham do sítio e todos se ajeitavam como podiam. Tinha neguinho sentado no colo, no assoalho, na janela. Todos vibravam com as brigas e tiros dos Cartwright, Adam, Little Joe, Ross e Benjamin. Depois de algum tempo a prefeitura instalou um televisor público onde hoje temos aquela imensa árvore "ficheira". Todo o dia na "boca da noite" o funcionário vinha, abria a grade e ligava. Eram centenas de pessoas que vinham de todas as regiões e da zona rural. Era muito divertido, os jovens paqueravam, as crianças brincavam e os adultos conversavam. Ah... dava muito movimento para os pipoqueiros e sorveteiros. Apesar da grana cura era um tempo bom... era um povo feliz... sem vícios... sem drogas... tudo era romântico e divertido. Tenho saudade. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA-PR.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

HORTAS CASEIRAS NO NORTE DO PARANÁ - ANOS 60 e 70



HORTAS CASEIRAS - ROLÂNDIA - NORTE DO PARANÁ
Antigamente, principalmente nos anos 60 e 70 a maioria das famílias do norte do paraná tinha uma horta caseira no fundo do quintal onde se plantava e colhia alface, almeirão, salsinha, cebolinha, rabanete, cenoura entre outras hortaliças. Eu sempre ajudava a minha mãe com a hortinha dela. O trabalho era "afofar" a terra com o enxadão, cercando os canteiros com taboas ou tijolos. Após era acrescentado estrume de gado seco e curtido. Aí fazíamos pequenos sulcos onde eram depositados as sementes. Para evitar que os pássaros não comessem as mudinhas novas trançávamos barbantes sobre o canteiro. Todo dia, de manhã e a tarde, eu ou um dos outros irmãos tínhamos que aguar os mesmos. A nossa terra aqui é tão fértil que a produção era exagerada. Além de presentearmos os vizinhos e parentes, muitas vezes saíamos com cestos vendendo o produto. Era muito difícil vender, pois quase todos tinham horta em seus quintais. Hoje ainda tenho este bom costume. Em casa tenho quatro canteiros feitos de tijolos (foto anexa) onde colho para o "meu gasto" almeirão, salsinha e cebolinha, sem agrotóxicos. E o melhor, na porta da cozinha. É só colher, lavar e temperar. É uma ótima terapia. Para trabalhar com horta é preciso gostar do contato com a terra (solos). Sempre que posso trago de fora "terra gorda" de matas virgens que é o melhor adubo que existe. Que tal agora fazer a sua hortinha? (CLIQUE NA FOTO) - TEXTO e FOTO de  JOSÉ CARLOS FARINA

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CASA DO SAUDOSO PAULO MOLOGNI - CARAMURÚ

UM DOS FUNDADORES DO CARAMURÚ,  BAIRRO PERTENCENTE A ROLÂNDIA E LONDRINA.
EU IA SEMPRE COM O MEU SAUDOSO PAI JOSÉ FARINA VISITAR O SEU PAULO "BOLONHA", COMO ERA CONHECIDO. GENTE BOA. LÍDER DO LUGAR.

FOTO By  JOSÉ CARLOS FARINA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

VENDAS ( BARES ) ANTIGOS DO NORTE DO PARANÁ - anos 40 em diante


ESTA É A VENDA DO CARAMURÚ, LOCALIZADA ENTRE ROLÂNDIA E LONDRINA. MEU PAI, JOSÉ FARINA FILHO, MEUS AVÔS JOÃO MARTIN E JOSÉ FARINA E MEUS TIOS ANTONIO E MANOEL FREQUENTARAM ESTA VENDA NOS ANOS 50, 60 e 70. ELA PERMANECE DO MESMO JEITO DESDE A SUA CONSTRUÇÃO HÁ MAIS DE 60 ANOS. TENHO UM VÍDEO NO YOUTEBE SOBRE ESTA E OUTRAS VENDAS ANTIGAS. É SÓ DIGITAR "VENDA ANTIGA FARINA". TENHO TAMBÉM FOTOS DELAS NO SITE "PANORAMIO" ETIQUETAS "ROLÂNDIA".  TEXTO e  FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA

CASA DE SÍTIO NO NORTE DO PARANÁ - anos 40 em diante


Esta é uma típica casa de sítio do norte do paraná nos anos 40 em diante.  Esta está localizada próximo ao Caramurú onde os meus pais e avós viveram. Antes da geada de  1975 todo sítio tinha pelo menos duas casas. A do proprietário e uma outra do porcenteiro. Após a geada restaram poucas casas inteiras na zona rural. Estas casas não tinham forro para a fumaça das lamparinas "vazar" para fora. O porão era aberto onde os cães acabavam deixando pulgas. As táboas dificilmente eram pintadas. 99% tinham fogão caipira com chaminé. Ao lado da casa ficava o paiol de milho, a tuia para armazenar café e cereais, o chiqueirão para criar porcos, o curral para ordenhar a vaca.   Ah!.. não podia faltar um forno caipira feito de barro (para o pão e assados), o terreirão para secar o café e o poço caipira com corda e balde. A casa do meu avô nas proximidades do Pinheirão era bem parecida com esta. Passei muitas férias em um ambiente parecido.  Esta ainda resistiu. TEXTO e FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA.

sábado, 19 de novembro de 2011

John George de Carle Gottheiner, nascido em Rolândia - Pr.


FOLHA1
John George de Carle Gottheiner tinha grande capacidade para idealizar e realizar projetos, em diversas áreas. O paranaense de Rolândia, filho de pai alemão e mãe inglesa, foi um empreendedor.
Seu pai, que trabalhou na Companhia de Terras do Norte do PR, veio ao Brasil antes da Segunda Guerra e se casou por aqui com uma inglesa que conhecera na Europa.
Quando o pai teve câncer, a família se mudou para Ubatuba (SP). John, que havia estudado num colégio alemão em Rio Claro (SP), fez administração na FGV, na capital.
Depois de formado, deu aulas de inglês num cursinho para estudantes que queriam entrar em economia na USP.
Em 1973, após ter sido diretor de um consórcio, fundou a empresa de proteção ao crédito SCI (Segurança ao Crédito e Informações). O negócio, que foi vendido em 1998 para a Equifax, teve 43 filiais espalhadas pelo país e cerca de 1.200 funcionários.
Não parou de investir após a venda da empresa. Foi dono de fazendas de soja no TO e de gado no MS, de uma metalúrgica em Londrina (PR), de uma faculdade (Facesi) em Ibiporã (PR) e da rádio Pantaneira em Anastácio (MS).
Segundo Edgar Monteiro, diretor da metalúrgica, John tinha especial apreço pela educação, algo que adquirira quando professor. Sua faculdade, com 200 alunos, não era "para ganhar dinheiro", conta. Também teve uma fornecedora de kits escolares.
Morreu no sábado, aos 68, em decorrência de um câncer. Teve três filhos. A missa do sétimo dia será hoje, às 16h, na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Alphaville, na Grande São Paulo.

sábado, 5 de novembro de 2011

ENTREVISTA COM O PIONEIRO ERWIN FRAGER - ROLÂNDIA - PR.


RASCUNHO DO DEPOIMENTO TOMADO POR JOSÉ CARLOS FARINA NO DIA 02/06/1992, DEVIDAMENTE ARQUIVADO NO MUSEU MUNICIPAL DE ROLÂNDIA-PR.