sábado, 15 de janeiro de 2011

HOTEL ROLÂNDIA ( MATÉRIA DO JORNAL DE LONDRINA )

VÍDEOS DIVULGARAM O FATO NA REGIÃO

          (FOTO By JOSÉ C. FARINA)
A notícia da possível demolição de um dos marcos históricos da cidade de Rolândia ganhou repercussão a partir da inserção de um vídeo no Youtube – página de compartilhamento de vídeos na internet. Quando soube da venda do imóvel, no final do ano passado, o advogado e rolandense José Carlos Farina postou vários vídeos contando a história do lugar e pedindo para que prefeito e vereadores se manifestassem sobre o assunto. “Se perdemos este patrimônio, a perda será irreparável e os responsáveis serão as nossas autoridades”, desabafou.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CADÊ O CONSELHO MUNICIPAL DO TURISMO e história DE ROLÂNDIA?

CASO HOTEL ROLÂNDIA
              (Foto by José C. Farina)
Ouvi falar que em Rolândia existe um Conselho Municipal de defesa do  Turismo. Se tem o pessoal deve estar de férias pois não vi e nem ouvi nenhum deles falando a respeito do desmanche do Hotel Rolândia.
JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA-PR.

FARINA CONCEDE ENTREVISTA PRA GLOBO

HOTEL ROLÂNDIA EM 1934

HOTEL ROLÂNDIA - MARCO ZERO DE ROLÂNDIA



(PODE VIRAR LENHA HOJE)
Junho de 34...Rolândia uma densa e inóspita floresta virgem. De Rolândia até o Rio Ivai e muito mais longe apenas bilhões de árvores...as mais lindas, altas e importantes do planeta. No traçado da cidade apenas um hotel com todo o conforto da época...em volta apenas árvores....cipós...bichos...mosquitos...e muito barro e pó...na varanda do Hotel as famílias de pioneiros vinham olhar a floresta e ouvir os lindos pássaros a cantar..
À noite dava medo de ouvir os miados das onças dentro da mata. As famílias começavam a planejar suas vidas ali naquela linda e encantadora varando que está lá até hoje. De manhã pegavam carroças ou calhambeques e saiam pelas primeiras estradas que estavam mais para "picadas". A terra era e é muito fértil, mas dava medo de ve-la durante as chuvas....aquele barro grudando nos sapatos...E a empreitada da derrubada da floresta no machado? Como seria (e foi) difícil. Neste início o Hotel Rolândia era o porto seguro...onde tinham uma refeição caseira saborosa a luz dos lampiões...um cafezinho quente na chapa do fogão a lenha...um banho quente...uma cama macia e a boa companhia para uma conversa e um cigarrinho de palha....Quantos romances....quantas crianças não foram concebidas ali (não havia rádio e TV)....Quantos sonhos....trabalho...suor e sangue...quantas festas...negócios (compra e venda)...quantas brigas...ciumes...visitas importantes...Interventor Manoel Ribas...Lord Lovat...Mr. Arthur Thomas..Mr. Wilie Davids...Eugenio Vitor Larionoff...Moisés Lupion...
Dá agora pra encaixotar tudo num caminhão e vender a preço de banana pra virar lenha?
Não!...é claro que não!....O Hotel Rolândia pertence as futuras gerações....meus netos...bisnetos..trinetos têm o direito de conhece-lo e refereciá-lo da mesma forma que refereciam as Pirâmides do Egito. Me desculpe Sr. Juiz de direito da comarca mas o Hotel Rolândia não é apenas um monte de madeira de peroba velha...ele é parte de tudo de bom que os verdadeiros rolândenses amam e querem que seja para sempre lembrado. Peço a ajuda de todas as pessoas de bem de Rolândia, do norte do Paraná e do Brasil para o grito de SOCORRO do Hotel Rolândia.
JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO (ROLÂNDIA-PR.)

domingo, 9 de janeiro de 2011

SOCORRO!...O HOTEL ROLÂNDIA VAI SER DEMOLIDO ....

VAMOS NOS MOBILIZAR

Segundo vídeo veiculado no Youtube neste domingo, o Hotel Rolândia, primeira construção de Rolândia (29/06/19340), foi vendido e como não houve interesse da Prefeitura em adquirir o imóvel ou as madeiras, a demolição poderá começar a partir do dia 10. O hotel Rolândia foi cosntruido a mando de Eugenio Victor Larionoff, um dos diretores da Companhia de Terras Norte do Paraná, para receber e abrigar os primeiros pioneiros. Como era a primeira construção não havia nada em todo o território. Do Hotel sairam as primeiros pioneiros na dura tarefa de abrir os primeiros lotes e construir as primeiras casas na cidade. Pedimos pelo amor de Deus ao Prefeito Johnny Lehmann e aos vereadores que adquiram pelo menos a parte da Frente da construção para que possamos reconstruí-la em outro lugar. Se perdemos este patrimônio a perda será irreparával e os responsáveis serão as nossas autoridades. SOCORRO!...O HOTEL ROLÂNDIA PEDE SOCORRO!...
JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO (ROLÂNDIA)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TRENS E O NORTE DO PARANÁ - BY FARINA

TUDO COMEÇOU COM O TREM



A Companhia de Terras norte do Paraná pensou em tudo. Como a nossa terra argilosa se torna quase que intransponível em dias de chuvas, logo no começo da colonização a Companhia já iniciou os trabalhos da construção da ferrovia de Ourinhos a Londrina e depois com o tempo até Maringá. Apesar da floresta virgem os pioneiros aqui chegaram trazendo tudo o que precisavam nos trens.  As primeiras produções era transportadas pelos trens. Os primeiros animais (cavalos, gado, galinhas e porcos) vieram também de trem. Não foi fácil construir a ferrovia no meio da floresta virgem utilizando na maior parte a força dos trabalhadores e das mulas que puxavam as carroças. A maior parte dos serviços eram feitos no enxadão, pá e picarata. A terra era carregada em carroças puxadas por mulas treinadas. Depois de um certo tempo de trabalho as mulas se deslocavam sozinhas de um lado para outro. Os trabalhadores carregavam a carroça com terra, e, após um assobio elas levam a carga para o outro lado, onde outros trabalhadores a descarregavam. Eram dezenas de carroças no canteiro de obras. A estação de Londrina foi inaugurada em julho de 1935, no mesmo dia em que a ponte sobre o rio Jataizinho foi entregue, dando passagem ao primeiro trem, que chegava a uma cidade que já havia crescido muito desde sua fundação em 1929. No início de Londrina e do norte do Paraná tudo girava em torno dos trens. Quando a Maria Fumaça apitava lá na curva, o chefe da Estação tocava um sino e muita gente vinha para conferir quem estava chegando e quem estava partindo. Todas as novidades chegavam no trem. Os homens iam lá para ver as mulheres. As mulheres iam para ver as roupas diferentes vindas de São Paulo. Outros iam ver só o trem, afinal era uma máquina que dava medo. Quando o maquinista soltava o excesso de vapor, fazia um assopro forte, tipo um assovio e a molecada corria de medo. Muitos iam só para dar tchau para quem partia ( (Era chique dar tchau para quem partia). Em Rolândia acontecia tudo do mesmo jeito. O trem chegou aqui pela primeira vez em janeiro de 1936. Por alguns anos ele "virava" aqui e retornava para Cambé e Londrina. 50% do sucesso da colonização do norte do Paraná devemos à ferrovia e aos trens. Em  resumo era isto. O trem fazia (e faz) parte de Londrina, de Rolândia e de todo o norte do Paraná.

JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JOHANNES SCHAUFF ( PIONEIRO DE ROLÂNDIA )

JOHANNES  SCHAUFF

Nasceu em 1922 na aldeia de Stommeln (Colonia) alemanha. Após o colegial Schauff estudou filosofia. Atuou como diretor executivo da Sociedade para a Promoção da colonização interna, em Berlim.
Durante a República de Weimar Schauff no Partido do Centro Católico, elegeu-se deputado  de julho 1932 a novembro de 1933 pelo círculo eleitoral de 8 (Lienitz) do Reichstag. Após a ascensão dos nazistas, em 1933, ele foi perseguido e perdeu o cargo. Depois de perder seu mandato Schauff se mudou com sua família de volta para uma fazenda perto da fronteira com a Holanda.  O também pioneiro Erick Kock-weser negociou com a empresa inglesa  Paraná Plantation Ltda  uma reserva de lotes para colonos alemães na Gleba Roland.  Estes esforços culminou na fundação do assentamento Rolândia, no Paraná. Assim, Schauff adquiriu a Fazenda Santa Cruz que se tornou um centro de adaptação de jovens católicos vindos da Alemanha. Participou também das negociações que possibilitou a vinda de 150 familias da alemanha para o Brasil, a maioria de origem judia, e que estavam sendo perseguidas por Hitler, e que escaparam do extermínio. Em 1950 retornou a Europa estabecendo-se na Itália. Pelo seu trabalho em beneficio de refugiados no mundo inteiro Schauff foi condecorado por vários paises. Em Rolândia, juntamente com Max Hermann Maier e Henrique Kaplan idealizou a construção da Fundação Arthur Thomas (hoje Hospital São Rafael). Schauff escreveu varios livros entre eles  "25 anos de Rolândia, um estudo para a colonização do norte do Paraná. Schauff faleceu na alemanha em 1990. Teve 4 filhos no Brasil: Cristóvão, Tobias, Nicolau e Marcus e outros 5 filhos residem na Europa e Estados Unidos.