terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Hotel Rolândia - relato de historiador
Relato de um historiador
Pode-se definir patrimônio como aquilo que recebemos como HERANÇA dos nossos antepassados, fazendo parte de nossa estrutura interna, criando nossos valores e moldando nossas identidades. Desta forma, toda sociedade tem seus símbolos, monumentos e MEMÓRIAS, integrantes de um passado que ainda é visível e presente. Um dos deveres do PODER PÚBLICO e direito do cidadão é estabelecer políticas de conservação e preservação desses bens patrimoniais.
Estabelecer políticas de conservação e preservação do patrimônio é um desafio em áreas de colonização recente, como é o caso do Norte do Paraná. As memórias desses lugares, por serem muito imediatas, têm donos e porta-vozes, que não hesitam em apagar ou alterar traços se uma conjuntura qualquer se anuncia no horizonte.
Em toda área que pertenceu à Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), a memória e o patrimônio estão constantemente ameaçados. Poderíamos elencar bens nesta região que foram destruídos, mas um dos símbolos da ocupação do Norte do Paraná ESTÁ AMEAÇADO e ainda há TEMPO para que a comunidade se organize, aja e exija proteção. Trata-se do HOTEL ROLÂNDIA.
Construído em 1934 por Victor LARIONOV, o mesmo funcionário da Companhia de Terras que planejou a Avenida Higienópolis em Londrina, o Hotel Rolândia foi a PRIMEIRA edificação da pequena localidade que viria a ser o município do mesmo nome. Era o lugar onde refugiados do fascismo europeu, iMIGRANTES de diversas nacionalidades, comerciantes e aventureiros se hospedavam quando vinham para a região tentar a sorte. Também serviu de BASTÃO para a própria CTNP em seu processo de expansão a noroeste.
OCTOGENÁRIA, a construção em estilo alemão não tem valor econômico significativo, diferentemente de seu terreno, então há que se supor que a venda do Hotel Rolândia é UM RISCO para aquela edificação, que poderia cumprir DIVERSAS FUNÇÕES na comunidade, pois tem condições de uso, uma vez que foi bem cuidado ao longo desses anos.
Significados não faltam para justificar a proteção para uma velha construção em madeira, e elas são de expressão não apenas local, mas regional e estadual. SÍMBOLO emblemático do POVO DO PARANÁ, o hotel hospedou tantas nacionalidades que a cidade de Rolândia tornou-se a expressão mais cabal de uma sociedade multiétnica estabelecida no Sul do País. MARCO VISÍVEL DA MEMÓRIA, o Hotel Rolândia é um dos ÚLTIMOS remanescentes da fase de ocupação da região, o que lhe atribui um valor histórico que poderia ser explorado com FINS educacionais, culturais e turísticos.
Com esses sentidos tão profundos e com simbolismos tão inquietantes, é de se perguntar por que os PODERES PÚBLICO , seja municipal ou estadual, jAMAIS se interessaram em criar LEIS que protegessem esse bem material? Por que na iminência de ser vendido e subtraído da comunidade que inclusive originou, NENHUMA autoridade, representante do povo, dono da memória ou senhor do capital se prontificou a DEFENDER o Hotel Rolândia?
É nessa vacuidade que aos poucos a comunidade está sendo mobilizada. Reconhecendo-se naquela edificação, rolandienses e moradores da região se articulam para IMPEDIR a destruição de um bem que receberam de HERANÇA, documento de uma época que ainda hoje se faz presente na memória e na paisagem, além de ser parte constituinte da IDENTIDADE do Norte do Paraná.
MARCO ANTONIO NEVES SOARES é professor do departamento de História e coordenador do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina
Marco Antonio Neves Soares
Folha de Londrina – 01-09-2010
Estabelecer políticas de conservação e preservação do patrimônio é um desafio em áreas de colonização recente, como é o caso do Norte do Paraná. As memórias desses lugares, por serem muito imediatas, têm donos e porta-vozes, que não hesitam em apagar ou alterar traços se uma conjuntura qualquer se anuncia no horizonte.
Em toda área que pertenceu à Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), a memória e o patrimônio estão constantemente ameaçados. Poderíamos elencar bens nesta região que foram destruídos, mas um dos símbolos da ocupação do Norte do Paraná ESTÁ AMEAÇADO e ainda há TEMPO para que a comunidade se organize, aja e exija proteção. Trata-se do HOTEL ROLÂNDIA.
Construído em 1934 por Victor LARIONOV, o mesmo funcionário da Companhia de Terras que planejou a Avenida Higienópolis em Londrina, o Hotel Rolândia foi a PRIMEIRA edificação da pequena localidade que viria a ser o município do mesmo nome. Era o lugar onde refugiados do fascismo europeu, iMIGRANTES de diversas nacionalidades, comerciantes e aventureiros se hospedavam quando vinham para a região tentar a sorte. Também serviu de BASTÃO para a própria CTNP em seu processo de expansão a noroeste.
OCTOGENÁRIA, a construção em estilo alemão não tem valor econômico significativo, diferentemente de seu terreno, então há que se supor que a venda do Hotel Rolândia é UM RISCO para aquela edificação, que poderia cumprir DIVERSAS FUNÇÕES na comunidade, pois tem condições de uso, uma vez que foi bem cuidado ao longo desses anos.
Significados não faltam para justificar a proteção para uma velha construção em madeira, e elas são de expressão não apenas local, mas regional e estadual. SÍMBOLO emblemático do POVO DO PARANÁ, o hotel hospedou tantas nacionalidades que a cidade de Rolândia tornou-se a expressão mais cabal de uma sociedade multiétnica estabelecida no Sul do País. MARCO VISÍVEL DA MEMÓRIA, o Hotel Rolândia é um dos ÚLTIMOS remanescentes da fase de ocupação da região, o que lhe atribui um valor histórico que poderia ser explorado com FINS educacionais, culturais e turísticos.
Com esses sentidos tão profundos e com simbolismos tão inquietantes, é de se perguntar por que os PODERES PÚBLICO , seja municipal ou estadual, jAMAIS se interessaram em criar LEIS que protegessem esse bem material? Por que na iminência de ser vendido e subtraído da comunidade que inclusive originou, NENHUMA autoridade, representante do povo, dono da memória ou senhor do capital se prontificou a DEFENDER o Hotel Rolândia?
É nessa vacuidade que aos poucos a comunidade está sendo mobilizada. Reconhecendo-se naquela edificação, rolandienses e moradores da região se articulam para IMPEDIR a destruição de um bem que receberam de HERANÇA, documento de uma época que ainda hoje se faz presente na memória e na paisagem, além de ser parte constituinte da IDENTIDADE do Norte do Paraná.
MARCO ANTONIO NEVES SOARES é professor do departamento de História e coordenador do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina
Marco Antonio Neves Soares
Folha de Londrina – 01-09-2010
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
PREFEITURA COMPRA O HOTEL ROLÂNDIA
HOTEL VAI VIRAR MUSEU
Graças a Deus conseguimos. Foi necessário a este colunista ingressar com uma ação popular para que a Prefeitura corresse atrás do prejuizo. Através de uma entrevista feita por mim no Youtube com uma moradora do hotel é que descobrimos que o hotel tinha sido vendido e que seria desmanchado a patir do dia 10 de janeiro. No mesmo vídeo consta que a prefeitura nao havia se interessado na compra. Os proprietários por três vezes ofereceram o hotel para a Prefeitura recebendo sempre a resposta que não havia interesse. Agora sim...estamos felizes a aliviados. José Carlos Farina - advogado (Rolândia)
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
HOTEL ROLÂNDIA PODERÁ VIRAR MUSEU
HOTEL ROLÂNDIA PODERÁ VIRAR MUSEU
O movimento que iniciei com o ajuizamento de uma ção popular e um tópico na Comunidade "Rolândia Politika" do Orkut está dando resultado. A prefeita em exercício, Sabine Giesen, está negociando a compra das madeiras do Hotel Rolândia que agora poderá ser reconstruido em uma área pública a ser definida e virar museu. O preço já foi também acertado, estando o Município agora esperando um Laudo da UEL para atestar a importância histórica da construção. Em nome da população de Rolândia, principalmente em nome das pessoas que amam a história e o pioneirismo agradecemos o empenho de todos.
FOTO E TEXTO de JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLANDIA
O movimento que iniciei com o ajuizamento de uma ção popular e um tópico na Comunidade "Rolândia Politika" do Orkut está dando resultado. A prefeita em exercício, Sabine Giesen, está negociando a compra das madeiras do Hotel Rolândia que agora poderá ser reconstruido em uma área pública a ser definida e virar museu. O preço já foi também acertado, estando o Município agora esperando um Laudo da UEL para atestar a importância histórica da construção. Em nome da população de Rolândia, principalmente em nome das pessoas que amam a história e o pioneirismo agradecemos o empenho de todos.
FOTO E TEXTO de JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLANDIA
domingo, 16 de janeiro de 2011
HOTEL ROLÂNDIA É A "CARA" DE ROLÂNDIA
AINDA DÁ TEMPO DE RECONSTRUIRMOS O HOTEL
(CLIQUE PARA AUMENTAR)
O Hotel Rolândia pede socorro às nossas autoridades. Ele resistiu a todas as intemnpéries por mais de 77 anos e poderá durar mais 100 é só restaurá-lo e mante-lo pintado à óleo. SOCORRO!. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR
(CLIQUE PARA AUMENTAR)
O Hotel Rolândia pede socorro às nossas autoridades. Ele resistiu a todas as intemnpéries por mais de 77 anos e poderá durar mais 100 é só restaurá-lo e mante-lo pintado à óleo. SOCORRO!. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR
ROLÂNDIA - HOTEL ROLÂNDIA - TERRA DE GENTE CULTA?
ACREDITO QUE NÃO....
(Foto de José C. Farina)
(Foto de José C. Farina)
Dizem que Rolândia é terra de gente culta. Se Rolândia fosse terra de gente culta mesmo teríamos já um grande movimento destas pessoas em favor da preservação do Hotel Rolândia (a 1ª construção da cidade) e de um imensurável valor histórico. Com a derrubada do Hotel (ou a perda das madeiras) perderá não só a história, mas a cultura e turismo. Ainda dá tempo de resistir.... Não tenho lá grande cultura, mas defenderei com unhas e dentes tudo o que for histórico da minha querida Rolândia. Se tiver mais algum patriota como eu, peço ajuda... Estou sozinho movendo uma Ação Popular na Vara Cível com a finalidade de impedir a perda das madeiras do Hotel.
NOTA:
Ninguém mais se interessou. Nem historiadores, nem professores, nem políticos, nem Lions, Rotary ou Maçonaria. Ninguém. Enfrentei sozinho e consegui. Apesar da obra se arrastar por 10 anos, tenho fé que conseguirei manter uma lembrança para a futuras gerações do nosso Marco Zero. Comentário feito agora em 26/11/21:
JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA-PR.
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