terça-feira, 8 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
sexta-feira, 6 de julho de 2012
MADEIRAS DO HOTEL ROLÂNDIA
Recebi um comunicado do vereador Fábio Nogaroto afirmando que o secretário João Campaner respondeu um pedido de informações dele endereçado ao prefeito onde indagou sobre onde estão guardadas as madeiras do Hotel Rolândia. O referido secretário informou que as mesmas estão no pátio do prefeitura. Em uma resposta muito curta não foi mencionado se as mesmas estão em local coberto e recebendo cuidados contra umidade, cupim e "empenamento". Para quem não sabe este que vos escreve descobriu que o Hotel Rolândia havia sido vendido e que as madeiras iram virar caixaria de construção civil. Foi quando ajuizei uma ação popular contra o prefeito. Após a ação a prefeitura cassou o alvará de demolição e acabou adquirindo as madeiras para reconstruir o Hotel ao lado da Estação de Trens. Só que passado um ano nada foi feito e não se sabe o estado de conservação das madeiras e se as mesmas estão seguras contra roubo, umidade e incêndio. A ação popular ainda não foi julgada. TEXTO e FOTO dE JOSÉ CARLOS FARINA
sábado, 5 de maio de 2012
AMADEU PUCINE E O CHURRASCO DO PRB
AMADEU PUCCINE
Há muito tempo entrevistei o saudoso Amadeu Puccine em meu escritório. Entre outras historias ele contou uma sobre um capitão de polícia que obrigava todo mundo a se filiar e trabalhar para o PRB. Ele era filiado ao PTB e não aceitava imposição de ninguém. Uma vez o pessoal do PRB fez um churrasco lá pelos lados de Sao Rafael e o convidou. Ele aceitou. O levaram de camionete. Estavam ele e outros convidados em cima da carroceria. Chegando ao local Amadeu viu o tal capitão agredindo pessoal (torturando) para que assinassem a ficha daquele partido. Ai, o nosso político botinudo (como era conhecido) fugiu e veio a pé embora, sem provar do churrasco do PRB. Tinha (e tenho) admiração por Amadeu Puccine. Grande alma. Grande cidadão. Grande político. Político honesto. Serviu e serve de exemplo até hoje. JOSÉ CARLOS FARINA
sexta-feira, 4 de maio de 2012
ROLANDIA ANTIGA - VENDAS DE SECOS E MOLHADOS
SECOS e MOLHADOS
Da época da fundação de Rolândia até o final dos anos 70 não havia supermercados, mas apenas vendas ou empórios. As vendas ou empórios (secos e molhados) eram pequenos supermercados que vendiam arroz, feijão, batata, tomates, cebola, alho, sardinha salgada, etc. por quilo. Tinha armários cheios destes alimentos. O dono da venda pegava uma espécie de conha de lata e enchia sacos de papel de acordo com a quantidade. O óleo era as vezes vendido por litro ( o cliente trazia o litro de casa). A pessoa levava um litro que era enchido na hora. Tinha também o óleo envazado em latas quadradas de um litro. Mercadorias do tipo iogurte, sorvete, patê, presunto, mussarela, frutas frescas era difícil de encontrar. Por ex. maçã, vc se encontrava em quitandas especializadas, pois as mesmas eram importadas da argentina e custavam uma fortuna. A maioria das famílias só compravam maçã pra dar pra pessoa doente. Verduras e legumes eram comprados nas feiras livres, mas a maioria das famílias cultivavam hortas caseiras. Minha mãe sempre teve a sua (até hoje né dona Sebastiana?) Sempre tivemos fartura de verduras. Muitas vezes eu e meus irmãos saíamos vendendo na vizinhança levando-as em cestos. Com o dinheiro das vendas comprávamos sorvetes ou outras guloseimas. Estas vendas ou empórios vendiam também sardinha ou manjubinhas salgadas, bombinhas de são João, paçoquinha, bolinhas de vidro, querosene em latas de 5 litros. Bolachas ou biscoitos só tinha de um tipo (biscoito Maria). Macarrão era difícil encontrar mais que uma marca. Algumas vendas ficaram famosas porque vendiam também picolés de grozelha. A molecada fazia a festa. A maioria dos clientes levavam cadernetas e marcavam as compras "fiado", ou seja para pagar no final do mês. As vendas que eu me lembro era a do Português, o verdão que depois virou mini-mercado, a Primavera. Minha mãe mandava eu comprar numa venda que ficava na esquina da prefeitura, onde hoje é o escritório do meu irmão Paulo. Coca-cola e guaraná a maioria das famílias só consumiam em dias especiais como Natal, Ano Novo e Páscoa. Em ocasiões de festas o refrigerante servido era sempre o guaraná da Antártica. Algumas vezes tomávamos também Crush e Grapete. Havia muita fartura de produtos colhidos aqui na região, ex. laranja, verdura, legumes, arroz, feijão. Hoje, graças a Deus quase todas as famílias podem consumir toda semana coca-cola, guaraná, sorvetes, frutas diversas, queijos, carne, etc. O único problema sério hoje (e põe sério) é o aumento dos assaltos e assassinatos. JOSÉ CARLOS FARINA
segunda-feira, 30 de abril de 2012
ROLÂNDIA - PRIMO LEPRI E CURITIBA
PRIMO LEPRE
Relato de um amigo de primo (W.M.) ocorrida nos primeiros anos da década de 60. Por algumas vezes Primo o convidou para acompanhá-lo em viagens à Curitiba para contatos com o governador. Era viagens duras. Primo Lepri ia dirigindo pessoalmente o veículo oficial da prefeitura (uma Rural Willys). A estrada daqui lá era de terra. A Viagem demorava uma noite inteira. Para que Primo Lepre não dormisse no volante "W.M." ia conversando, "puxando assunto". Chegava a uma certa altura Primo, que era um excelente cantor, começava uma cantoria. Em algumas músicas que "w.m." conhecia o acompanhava. Foram bons tempos. Os políticos tinham mais amor e dedicação pelo município. JOSÉ CARLOS FARINA
sexta-feira, 20 de abril de 2012
O HOMEM MAIS CORAJOSO DE ROLÂNDIA
SEBASTIÃO ULIAN
De saudosa mémoria era um homem muito honesto, trabalhador e bom chefe de família. Tive o prazer de ser seu amigo e captar dele algumas "estórias". Antes que alguém fale que as "estórias" são mentirosas digo de antemão que todas foram confirmadas por familiares e pessoas que conviveram com ele.
Sebastião foi pioneiro em Rolândia-Pr. tendo chegado na década de 30. Em um determinado dia um dos seus vizinhos de lote (próximo da 1ª ponte do Caramurú) estava andando próximo ao rio e ouviu um barulho de alguém cortando lenha... Pan... pan.. pan... Procurou... procurou... e nada... até que olhou para cima. Lá estava o seu Sebastião em pé em cima de um dos galhos de uma enorme peroba usando o machado. O vizinho com medo que ele caísse ficou quietinho olhando escondido, quase sem respirar. E assim viu que o seu Sebastião estava tirando um ninho de papagaio para pegar os filhotes. O medo era porque o seu Sebastião estava em pé do lado em que o galho iria cair. Mas deu tudo certo e ele pegou os filhotes de papagaio e desceu sem nenhum problema.
Em 1968 o prefeito Primo Lepri ordenou uma reforma total na praça Castelo Branco mandando destruir um lindo coreto que tínhamos lá em forma de tartaruga e no lugar foi instalado dois super postes com lâmpadas enormes vindas da Alemanha. Estas duas lâmpadas sozinhas iluminavam toda a praça e até um raio de mais ou menos 500 metros do entorno. Para a instalação deste equipamento foi erguido enormes andaimes de madeira com cerca de 30 metros de altura. Em um determinado dia os operários se descuidaram e adivinhem quem subiu até o fim do andaime e ficou em pé na última viga e acenou com o chapéu para cumprimentar o grande público presente? O engenheiro alemão quando viu o seu Sebastião em pé lá em cima ficou louco de raiva e já pensou que era um doido querendo se suicidar. Mas foi tudo bem e quando ele desceu foi cumprimentado como herói pelo público. A mesma façanha o seu Sebastião repetiu quando estavam instalando o telhado da igreja matriz. Ele me contou que lá também ficou em pé na última viga, e andando para lá e para cá cumprimentou o público abanando o chapéu.
O mesmo vizinho que me contou a estória dos papagaios contou que no sítio do seu Sebastião tinha um touro que vivia dando "carrerão" nas pessoas. Um dia este touro correu atrás do seu Sebastião.... pra que?... se fosse outro teria corrido, mas o seu sebastião resolveu pegá-lo "a unha". Seu Sebastião agarrou-o pelos chifres e foi arrastado por muitos metros. Lutou... lutou.. até que o derrubou por um barranco ao lado do rio. E assim forma parar lá no riacho o seu Sebastião e o touro bravo. Diz a lenda que daquele dia em diante o touro só "bufava" e cavucava a terra com as patas quando ele passava, mas nunca mais deu "carreirão". O touro marcou bem a fisionomia do seu Sebastião. Depois ficaram bons amigos.
Um dia o Sr. Nahin Adas, de saudosa memória, sem querer deixou cair os documentos em uma fossa em uso e contratou o seu Sebastião para o resgate. Chegando lá ele já foi descendo para o fundo da fossa sem usar cordas ou escadas. Ele era tão forte que conseguia descer pelo barranco usando as mãos e pernas. Desceu e subiu em poucos minutos trazendo de lá os documentos. Um pouco sujos mas trouxe. O Sr. Nahin quase desmaiou com medo que ele se afogasse. Ele não tinha nojo de nada. Uma pessoa o contratou para desentupir um esgoto. Chegando ao local foi logo enfiando a mão no tubo e tirando de lá sujeira de banheiro. O dono do serviço correu e lhe deu uma luva. Ele recusou e disse: - "eu não tenho nojo de nada... isso aqui (olhando para o cocô) é a nossa natureza... um dia todos vamos virar comida pra verme."
O mesmo vizinho que me contou a estória dos papagaios contou que no sítio do seu Sebastião tinha um touro que vivia dando "carrerão" nas pessoas. Um dia este touro correu atrás do seu Sebastião.... pra que?... se fosse outro teria corrido, mas o seu sebastião resolveu pegá-lo "a unha". Seu Sebastião agarrou-o pelos chifres e foi arrastado por muitos metros. Lutou... lutou.. até que o derrubou por um barranco ao lado do rio. E assim forma parar lá no riacho o seu Sebastião e o touro bravo. Diz a lenda que daquele dia em diante o touro só "bufava" e cavucava a terra com as patas quando ele passava, mas nunca mais deu "carreirão". O touro marcou bem a fisionomia do seu Sebastião. Depois ficaram bons amigos.
Um dia o Sr. Nahin Adas, de saudosa memória, sem querer deixou cair os documentos em uma fossa em uso e contratou o seu Sebastião para o resgate. Chegando lá ele já foi descendo para o fundo da fossa sem usar cordas ou escadas. Ele era tão forte que conseguia descer pelo barranco usando as mãos e pernas. Desceu e subiu em poucos minutos trazendo de lá os documentos. Um pouco sujos mas trouxe. O Sr. Nahin quase desmaiou com medo que ele se afogasse. Ele não tinha nojo de nada. Uma pessoa o contratou para desentupir um esgoto. Chegando ao local foi logo enfiando a mão no tubo e tirando de lá sujeira de banheiro. O dono do serviço correu e lhe deu uma luva. Ele recusou e disse: - "eu não tenho nojo de nada... isso aqui (olhando para o cocô) é a nossa natureza... um dia todos vamos virar comida pra verme."
O Sr. Sebastião criava abelhas. Um dos seus vizinhos ( aqui próximo a saída para a represa do Ingá) reclamou contra ele na prefeitura e assim o fiscal passou lá para notificá-lo. Quando o fiscal chegou se apresentou como fiscal municipal. O seu Sebastião falou assim: - "Ah é... o senhor é fiscar municipar?... pois eu sou fiscar federar... Ponha-se daqui para fora porque as minhas abelhinhas não fazem mal pra ninguém"... E o vizinho ainda teve que ouvir umas boas.
Um dia estávamos conversando na varanda da minha casa e apareceu uma aranha de porte grande. Peguei o chinelo para matá-la mas seu Sebastião me impediu. Foi até a aranha, pegou-a com a mão e levando para perto do seu rosto começou a conversar com ela: - "Olha o Farina é meu amigo e tem medo de você então eu te peço que vai embora e não faça mal pra ele." Depois soltou a aranha na grama do jardim e ela se foi.
O seu Sebastião demandou na justiça contra um parente. Problemas com partilha de herança. Quando saiu a sentença favorável a ele, comprou uma caixa de foguetes, e andando de bicicleta em volta do Fórum, soltou um por um sem falar para ninguém os motivos de tal ato. Todos pensavam que se tratava de um maluco.
JOSÉ CARLOS FARINA
Um dia estávamos conversando na varanda da minha casa e apareceu uma aranha de porte grande. Peguei o chinelo para matá-la mas seu Sebastião me impediu. Foi até a aranha, pegou-a com a mão e levando para perto do seu rosto começou a conversar com ela: - "Olha o Farina é meu amigo e tem medo de você então eu te peço que vai embora e não faça mal pra ele." Depois soltou a aranha na grama do jardim e ela se foi.
O seu Sebastião demandou na justiça contra um parente. Problemas com partilha de herança. Quando saiu a sentença favorável a ele, comprou uma caixa de foguetes, e andando de bicicleta em volta do Fórum, soltou um por um sem falar para ninguém os motivos de tal ato. Todos pensavam que se tratava de um maluco.
JOSÉ CARLOS FARINA
RELATO DE PIONEIRO - AGRADECIMENTO
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