REGISTRO PRA HISTÓRIA
quarta-feira, 20 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
HOTEL ROLÂNDIA - QUASE NO CHÃO
FALTA POUCO PARA O DESMANCHE TOTAL
Passei hoje lá em frente e tirei esta foto para lembrança (para a posteridade). Fiz o que pude. Cheguei a ajuizar uma ação popular na Justiça...Consegui apenas o aproveitamento da parte frontal (esta que está ai na foto). Vamos torcer para que dê certo a sua reconstrução ali perto da Estação de Trens. Texto e fotos de JOSÉ CARLOS FARINA
sábado, 16 de abril de 2011
HOMENAGEM A CAIO KOCH-WESER
CAIO KOCH-WESER ( um rolandense muito famoso )
Nasceu em Rolândia, norte do Paraná,
Aos 17 anos pra alemanha foi estudar;
Tornou-se um homem importante,
E ao Paraná distante
Voltou somente depois de adulto.
Agora um homem culto,
De um banco, vice presidente;
Este senhor sorridente
Chega a uma feliz conclusão:
Apesar de toda a fama
Que o mundo lhe deu,
Uma lembrança lhe comoveu:
Um menino com os pés na lama
Brincando entre os cafezais,
Subindo nos laranjais,
Chupando a fruta no pé,
(que gostoso que é)
Com os passarinhos cantando,
Nos rios nadando,
A cachoeira escalando,
No cavalo galopando,
Com os caboclos conversando,
Nos bailes namorando.
A infância aproveitando,
E o tempo ai passando...
Aquele ar perfumado,
Os dias ensolarados,
A floresta exuberante,
(E muito contagiante)
O céu de nuvens efeitado,
A noite o céu estrelado...
O cheiro da terra no arado,
O barro nos pés grudado,
Pela paisagem fascinado.
Você ainda é um pé vermelho,
Do norte do Paraná.
Onde quer que vá,
Esta terra com você vai estar.
E vai dela sempre se orgulhar,
E muito muito amar.
Um abraço de um desconhecido
Que de você ouviu falar,
Mas depois deste acontecido
Vai de mim escutar
Uma grande sabedoria:
Quero que vossa senhoria
De Rolândia se orgulhe
E sempre que puder
E onde estiver
Diga: Rolândia me viu nascer
Em Rolândia me criei,
Por Rolandia me apaixonei,
E é pra valer.
Rolândia, 16/04/2011
JOSÉ CARLOS FARINA
Nasceu em Rolândia, norte do Paraná,
Aos 17 anos pra alemanha foi estudar;
Tornou-se um homem importante,
E ao Paraná distante
Voltou somente depois de adulto.
Agora um homem culto,
De um banco, vice presidente;
Este senhor sorridente
Chega a uma feliz conclusão:
Apesar de toda a fama
Que o mundo lhe deu,
Uma lembrança lhe comoveu:
Um menino com os pés na lama
Brincando entre os cafezais,
Subindo nos laranjais,
Chupando a fruta no pé,
(que gostoso que é)
Com os passarinhos cantando,
Nos rios nadando,
A cachoeira escalando,
No cavalo galopando,
Com os caboclos conversando,
Nos bailes namorando.
A infância aproveitando,
E o tempo ai passando...
Aquele ar perfumado,
Os dias ensolarados,
A floresta exuberante,
(E muito contagiante)
O céu de nuvens efeitado,
A noite o céu estrelado...
O cheiro da terra no arado,
O barro nos pés grudado,
Pela paisagem fascinado.
Você ainda é um pé vermelho,
Do norte do Paraná.
Onde quer que vá,
Esta terra com você vai estar.
E vai dela sempre se orgulhar,
E muito muito amar.
Um abraço de um desconhecido
Que de você ouviu falar,
Mas depois deste acontecido
Vai de mim escutar
Uma grande sabedoria:
Quero que vossa senhoria
De Rolândia se orgulhe
E sempre que puder
E onde estiver
Diga: Rolândia me viu nascer
Em Rolândia me criei,
Por Rolandia me apaixonei,
E é pra valer.
Rolândia, 16/04/2011
JOSÉ CARLOS FARINA
CAIO KOCH-WESER (pesquisa Farina)
NASCEU EM ROLÂNDIA-PR.
Alto, olhos claros, cabelos brancos e um leve sotaque alemão, Caio Koch-Weser nasceu em Rolândia, norte do Paraná, em um tempo de pouco desenvolvimento na pequena cidade. Como ele próprio conta, a produção de café que saía da fazenda dos pais, imigrantes vindos da Alemanha antes da guerra, no início dos anos 30, tinha de ir por estrada de terra até o Porto de Paranaguá, onde era embarcada para exportação.
"A luz só chegou quando eu já tinha uns cinco anos. As estradas eram de barro e o caminhão com o café atolava a cada viagem", relembra. A região ainda era de mata virgem e o asfalto só chegou nos anos 80.
Koch-Weser fala com orgulho da cidade que, segundo ele, faz parte de uma das regiões de agricultura mais importantes do Paraná. "O norte do Paraná será um polo de desenvolvimento", prevê. A experiência de uma criança que cresceu na zona rural do País, cercado por dificuldades, influenciou Koch-Weser no trabalho que desenvolveria mais tarde no Banco Mundial, onde trabalhou por 25 anos. "A gente aprende mais assim, na vida, do que nos livros", diz. Nos anos 80, ele trabalhou em projetos de desenvolvimento em países da África, além de China, Indonésia e Brasil, é claro. "Lembro de alguns projetos do banco para o desenvolvimento rural no interior do Nordeste, ligados à irrigação. Foi importante ajudar."
Quando completou 15 anos, com alemão fluente aprendido em casa, Koch-Weser mudou-se para a Alemanha onde terminou o ensino médio e fez a faculdade de Economia. Casado com a alemã Maritta, pai de Yara , Ana e o Jacob, ele nunca deixou de dar valor ao Brasil. Paula Pacheco - O Estadao de S.Paulo
terça-feira, 5 de abril de 2011
EXISTE TURISMO EM ROLÂNDIA ? by FARINA
HOTEL ROLÂNDIA QUASE VIROU LENHA
Se não fosse eu ajuizar uma ação popular teríamos perdido as madeiras do Hotel Rolândia, marco zero da colonização de Rolândia. Até hoje não recebi nenhum apoio de ninguém ligado a história e turismo. Então pergunto: - Cadê os nossos pseudo-intelectuais? Olhem bem nesta foto... Tudo em volta era pura floresta virgem... só arvores e bichos... E quase perdemos até as madeiras do nosso marco zero... Ah.. se não fosse o Farinão... JOSÉ CARLOS FARINA
terça-feira, 29 de março de 2011
COMEÇOU E DESMANCHE DO HOTEL ROLÂNDIA - VÍDEO
Parte do Hotel conseguimos preservar através de uma ação popular.
COMEÇOU E DESMANCHE DO HOTEL ROLÂNDIA
77 ANOS DE HISTÓRIA - ONDE TUDO COMEÇOU
Começou ontem o desmanche do Hotel Rolândia, a primeira construção de Rolândia e marco zero da nossa história. Esperamos que a Prefeitura não demore para reconstruir o Hotel em área pública. Esperamos que não seja necessária outra ação popular para esta reconstrução. Vejam no youtube as imagens do desmanche. FOTO e TEXTO de JOSÉ CARLOS FARINA
terça-feira, 22 de março de 2011
MINHA INFÂNCIA EM ROLÂNDIA - ANOS 60
BONS TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS
Nasci na cidade de Rolândia, norte do Paraná, mas sempre tive um pé na cidade e outro nos sítios de café dos meus avôs e tios. A partir dos meus 8 anos passava todas as minhas férias no sítio do meu avô materno Juan Martin. Lá morava o meu primo mais querido, o Toninho, conhecido por Preto. Como era costume, as crianças a partir dos 8 anos ajudavam os pais na lida do café e dos cereais. Eu, meu primo e irmãos ajudávamos os avós e tio até as 15 horas e depois éramos liberados para brincar. O nosso trabalho era capinar, limpar os troncos dos cafeeiros para facilitar o rastelamento, panhar café, "virar" o café para secar no terreirão, amontoá-lo à tardezinha, ajudar a lavar os grãos para separar a terra e impurezas e ajudar a ensacar. Uma certa época, nos anos 60, minha mãe pegava café para separar as impurezas em casa. Os comerciantes de café cediam umas máquinas onde os grãos caiam em uma esteira de pano. Com um pedal íamos
movimentando a esteira e tirando os torrões, pedrinhas e pequenos pedaços de madeira. Eu e meus irmãos ajudávamos todo dia a nossa mãe. Era uma maneira de ajuntarmos uns troquinhos para assistirmos o matinê do cinema aos domingos. Até hoje me lembro de cheiro do café beneficiado. Na década de 60 teve um ano que o preço do café caiu tanto que as maquinas de café cederam de graça aquele café mais quebrado. Meu avô pegou logo uns dois ou três caminhões para usar como adubo. Lembro-me que vinha muita gente pegar aquele café para torrar e consumir. Mais tarde, já mocinho viajava sempre com meu pai (que era corretor de terras) para mostrar propriedades agrícolas aos seus clientes. Por todas as estradas que andávamos de jipe víamos apenas enormes cafeeiros. O norte do paraná era um imenso cafezal. O mais lindo e vistoso do mundo. Pés com até 2,50 metros, verdinhos e saudáveis. As nossas terras sempre foram as melhores do Brasil. Quase
todos os proprietarios davam empregos para os porcenteiros. Estes trabalhavam muito e tinham muita fartura. Criavam uma vaquinha, porcos e galinhas, tinham um cavalo com carroça. Aos sábados na roça infalivelmente acontecia os bailes de sanfona de barracas cobertos com lona. Havia uma amizade sincera e muito companheirismo. Os jovens voltavam a pé para a casa sob a lua cheia, conversando e contando piadas. Falávamos sobre as namoradas para quem ainda não havíamos declarado o nosso amor5. As domingos a diversão era banhos na cachoeira, pesca, caçar passarinhos com estilingue e futebol. A noite meu avô sempre recebia os amigos para ouvir as notícias no rádio. Eu e meu primo fícavamos ouvindo sentados ao lado do fogão caipira, tomando café e comendo pipoca feita com gordura de porco. Após ouvir as notícias meu avô, meu tio e os amigos começavam a contar causos de assombração. O duro era dormir com a lamparina apagada com medo de que
aquelas assombrações fossem aparecer. Me orgulho muito da infância e juventude que tive aqui em Rolândia-Pr., dividindo o meu tempo entre cidade e sítio. Amo minha região e minha família. Temos aqui uma das melhores terras do mundo e um povo honesto e trabalhador. Sinto saudade daqueles tempos e se pudesse viveria tudo outra vez. Um abraço a todos os norte paranaenses. Deus abençoe a todos. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.
movimentando a esteira e tirando os torrões, pedrinhas e pequenos pedaços de madeira. Eu e meus irmãos ajudávamos todo dia a nossa mãe. Era uma maneira de ajuntarmos uns troquinhos para assistirmos o matinê do cinema aos domingos. Até hoje me lembro de cheiro do café beneficiado. Na década de 60 teve um ano que o preço do café caiu tanto que as maquinas de café cederam de graça aquele café mais quebrado. Meu avô pegou logo uns dois ou três caminhões para usar como adubo. Lembro-me que vinha muita gente pegar aquele café para torrar e consumir. Mais tarde, já mocinho viajava sempre com meu pai (que era corretor de terras) para mostrar propriedades agrícolas aos seus clientes. Por todas as estradas que andávamos de jipe víamos apenas enormes cafeeiros. O norte do paraná era um imenso cafezal. O mais lindo e vistoso do mundo. Pés com até 2,50 metros, verdinhos e saudáveis. As nossas terras sempre foram as melhores do Brasil. Quase
todos os proprietarios davam empregos para os porcenteiros. Estes trabalhavam muito e tinham muita fartura. Criavam uma vaquinha, porcos e galinhas, tinham um cavalo com carroça. Aos sábados na roça infalivelmente acontecia os bailes de sanfona de barracas cobertos com lona. Havia uma amizade sincera e muito companheirismo. Os jovens voltavam a pé para a casa sob a lua cheia, conversando e contando piadas. Falávamos sobre as namoradas para quem ainda não havíamos declarado o nosso amor5. As domingos a diversão era banhos na cachoeira, pesca, caçar passarinhos com estilingue e futebol. A noite meu avô sempre recebia os amigos para ouvir as notícias no rádio. Eu e meu primo fícavamos ouvindo sentados ao lado do fogão caipira, tomando café e comendo pipoca feita com gordura de porco. Após ouvir as notícias meu avô, meu tio e os amigos começavam a contar causos de assombração. O duro era dormir com a lamparina apagada com medo de que
aquelas assombrações fossem aparecer. Me orgulho muito da infância e juventude que tive aqui em Rolândia-Pr., dividindo o meu tempo entre cidade e sítio. Amo minha região e minha família. Temos aqui uma das melhores terras do mundo e um povo honesto e trabalhador. Sinto saudade daqueles tempos e se pudesse viveria tudo outra vez. Um abraço a todos os norte paranaenses. Deus abençoe a todos. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.
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