sábado, 5 de maio de 2012

AMADEU PUCINE E O CHURRASCO DO PRB


AMADEU PUCCINE

Há muito tempo entrevistei o saudoso Amadeu Puccine em meu escritório. Entre outras historias ele contou uma sobre um capitão de polícia que obrigava todo mundo a se filiar e trabalhar para o PRB. Ele era filiado ao PTB e não aceitava imposição de ninguém. Uma vez o pessoal do PRB fez um churrasco lá pelos lados de Sao Rafael e o convidou. Ele aceitou. O levaram de camionete. Estavam ele e outros convidados em cima da carroceria. Chegando ao local Amadeu viu o tal capitão agredindo pessoal (torturando) para que assinassem a ficha daquele partido. Ai, o nosso político botinudo (como era conhecido) fugiu e veio a pé embora, sem provar do churrasco do PRB. Tinha (e tenho) admiração por Amadeu Puccine. Grande alma. Grande cidadão. Grande político. Político honesto. Serviu e serve de exemplo até hoje. JOSÉ CARLOS FARINA

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ROLANDIA ANTIGA - VENDAS DE SECOS E MOLHADOS




SECOS  e  MOLHADOS

Da época da fundação de Rolândia até o final dos  anos 70 não havia supermercados, mas apenas vendas ou empórios. As vendas ou empórios (secos e molhados) eram pequenos  supermercados que vendiam arroz, feijão, batata,  tomates, cebola, alho, sardinha salgada, etc. por quilo. Tinha armários  cheios destes alimentos. O dono da venda pegava uma espécie de conha de lata e enchia sacos de papel de acordo com a quantidade. O óleo era as vezes vendido por litro ( o cliente trazia o litro de casa).  A pessoa levava um litro que era enchido na hora. Tinha também o óleo envazado em latas quadradas de um litro. Mercadorias do tipo iogurte, sorvete, patê, presunto, mussarela, frutas frescas era difícil de encontrar. Por ex. maçã, vc se encontrava em quitandas especializadas, pois as mesmas eram importadas da argentina e custavam uma fortuna. A maioria das famílias só compravam maçã pra dar pra pessoa doente. Verduras e legumes eram comprados nas feiras livres, mas a maioria das famílias cultivavam  hortas caseiras. Minha mãe sempre teve a sua (até hoje né dona Sebastiana?) Sempre tivemos fartura de verduras. Muitas vezes eu e meus irmãos saíamos vendendo  na vizinhança levando-as em cestos. Com o  dinheiro das vendas comprávamos sorvetes ou outras guloseimas.  Estas vendas ou empórios vendiam também sardinha ou manjubinhas salgadas, bombinhas de são João, paçoquinha, bolinhas de vidro, querosene em latas de 5 litros. Bolachas ou biscoitos só tinha de um tipo (biscoito Maria).  Macarrão era difícil encontrar mais que uma marca. Algumas vendas ficaram famosas porque vendiam também picolés de grozelha. A molecada fazia a festa. A maioria dos clientes levavam cadernetas e marcavam as compras "fiado", ou seja para pagar no final do mês. As vendas que eu me lembro era a do Português, o verdão que depois virou mini-mercado, a Primavera. Minha mãe mandava eu comprar numa venda que ficava na esquina da prefeitura, onde hoje é o escritório do meu irmão Paulo.  Coca-cola e guaraná a maioria das famílias só consumiam em dias especiais como Natal, Ano Novo e Páscoa. Em ocasiões de festas o refrigerante servido era sempre o guaraná da Antártica. Algumas vezes tomávamos também Crush e Grapete.  Havia muita fartura de produtos colhidos aqui na região, ex. laranja, verdura, legumes, arroz, feijão.  Hoje, graças a Deus quase todas as  famílias podem consumir toda semana coca-cola, guaraná, sorvetes, frutas diversas, queijos, carne, etc. O único problema sério hoje (e põe sério) é o aumento dos assaltos e assassinatos. JOSÉ CARLOS FARINA